sexta-feira, 23 de março de 2012

TUAS INSATISFAÇÕES


TUAS INSATISFAÇÕES

“um dos defeitos da Humanidade é ver o mal de outrem antes de ver o que está em nós...”
“... Incontestavelmente, é o orgulho que leva o homem a dissimular os próprios defeitos, tanto morais como físicos...” (CAP. X, item 10)

Jovens, adultos, idosos, criaturas das varias posições sociais e dos mais diferentes contextos de vida, sofrem a aguilhoada da insatisfação.
Muitos solteiros procuram incessantemente parceiros afetivos para que as “sarças da solidão” não possam alfinetar suas necessidades intimas de se completarem no amor, esquecendo-se, porém, de que solidão é a falta de confiança em nós mesmos, quando nos rejeitamos e nos desprezamos, e não a falta de alguém em nossas vidas.
Diversos casados reclamam sistematicamente que já não vêem mais o cônjuge com os mesmos olhos de antes e, por isso, sentem-se desiludidos e abalados frete a união infeliz, que outrora julgavam acertada. Contudo, não observaram que a decepção não era com o outro, porem com eles próprios. Por não aceitarem seus fracassos, e que projetam suas incompetências e insatisfações como sendo “pelos outros” e nunca “por si mesmos”.
Varias criaturas enfrentam a pobreza, lutam incansavelmente para a aquisição de recursos amoedados, tentando desta forma sair das agruras da miséria. Não percebem, todavia, que prosperidade é uma atitude de espirito, e que quanto mais declaram à sua mente que estão abertos para aceitar a abundancia do Universo, mais a consciência se torna próspera; que a verdadeira prosperidade não se expressa em quantia de bens que possuem, mas sim, no receber e no dividir todo esse imenso tesouro de possibilidades herdado pela nossa Criação Divina.
Multiplos ricos labutam constantemente para acumular mais e mais, e afirmam que isso é necessário para assegurar a manutenção dos bens já amontoados, por previdência e cautela. Não se dão conta de que sua insatisfação é produto da ganância desmedida, por alimentarem crenças de escassez e míngua e por acreditarem que a riqueza é que nos fazem homens respeitados e consideráveis, pois ainda não tomaram consciência do que é “ser” e do que é “ter”.
Outros tantos buscam o poder, como forma de encobrirem o desgosto e de se auto afirmarem frente ao mundo, escravizando em plena atualidade criaturas simples e incautas, para satisfazerem o seu “ego neurótico”. O desânimo tomou tamanha amplidão em torno deles,  que, acreditam que, mandando arbitrariamente e desrespeitando leis e limites dos outros, possam eliminar o desalento que os ameaça constantemente.
Jovens e adultos buscam dissimular a insatisfação interior, e para isso adquirem títulos acadêmicos, acreditando que a outorga dessa distinção possa trazer-lhes permissão, diante da sociedade, para dominar e sobressair, com prestígio e capacidade que pensam possuir, quando, em verdade, não descobriram que o verdadeiro prestigio e capacidade se tornam possíveis a partir do momento que investimos em nossos valores mais íntimos, em busca do autodomínio.
Insatisfação não se cura projetando-a a situações, a pessoas, a títulos, a poder,  a posições sociais, mas reconhecendo a fonte que a produz.
Jesus de Nazaré, o Sublime Preceptor das Almas, convoca-nos a distinguir as verdadeiras traves que não nos deixam avistar as “causas reais” de nossas insatisfações e nos receita o remédio ideal: fazermos autodescobrimento para realmente descortinar de nossas profundidade as matrizes de nossos comportamentos inadequados, que fazem emergir de nós mesmos essa incômoda atmosfera de “descontentamento” a envolver-nos de tempos em tempos.

Francisco do Espírito Santo Neto – Renovando Atitudes, espírito Hammed

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