Proseando Poesias...

Morta, rasgada, sedada,
Aprisionada no frio
No silencio do alento da noite ensolarada.

Num quarto uma casa
Que não teria, não veria, não viveria jamais.
Que fica na vontade,
Na saudade
Na esperança de viver ou talvez como a fênix renascer....

Mas no escuro ainda sou luz
Luz de alma, de poesia, de milagres
De vida, de sonhos, desejos, anseios
Delírios selados com convicção pura e espiritual

Lagrimas de desespero talvez
Sentimento de impotência
Imprudência pela dor do cansaço
Que instigue a desistência.

Mas se desistir. ...
Desistirei da vida
Da rotina
Dos gestos
Do trabalho
Da arte da música
Desistirei de mim
Posso apenas ser a mim.
Não posso ser nada além disso
E tudo isso eu sou
Porque o pouco que muito vivo
Me torna ágil para abrir a janela do quarto –prisao
Alimentar o eterno condenado: meu coração
Com o vento que os espíritos sopram
Bem baixinho ao meu ouvido:
Viver ainda é importante
E amar a cada instante
Faz de ti, Isabella, a canção mais dolorosa que existe
A dor mais prazerosa que finda
No aconchego do travesseiro.
No desejo de prosseguir
Chorar são apenas migalhas que oferecemos
Para que desenhe a giz seus mais profundos segredos.
E tente, firme, continuar respirando
Na leveza de pintar o destino à aquarela
Tornando-se a cada dia uma nova Isabella

Fim de noite com salmos 37 no meu coração
Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.
E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia. 
Salmos 37:5-6”