domingo, 29 de janeiro de 2012

Entendendo como as pessoas pensam...


Entendendo como as pessoas Pensam...

"Com que compararemos o reino de Deus ou que parábola usaremos para descrevê-lo? Ele é como a semente de mostarda, que é a menor semente que plantamos no solo. No entanto, quando plantada, ela cresce e torna-se a maior de todas as plantas do jardim, com ramos tão grandes que os pássaros do ar podem se abrigar à sua sombra".
Com muitas parábolas como esta Jesus anunciava a seus seguidores a Palavra conforme podiam entender. Ele não lhes falava nada a não ser em parábolas.

Marcos 4:30-34


      Jesus sabia que quase tudo o que fazemos na vida baseia-se simplesmente na fé. A maior parte das nossas decisões é tomada inicialmente em razão do que sentimos ou acreditamos. Só depois racionalizamos para justificar nossas escolhas. Jesus usava parábolas para nos obrigar a lidar com as nossas crenças, e não com nossos raciocínios lógicos.
            A pessoa verdadeiramente sábia é sempre humilde. Jesus nunca escreveu um livro, sempre falou por meio de parábolas e conduziu as pessoas à verdade através do seu exemplo vivo. Ele era confiante sem ser arrogante, acreditava em valores absolutos sem ser rígido e tinha clareza sobre sua própria identidade sem julgar os outros.
            Jesus abordava as pessoas com técnicas psicológicas que estamos apenas começando a entender. Em vez de mostrar-se superior, dando palestras eruditas baseadas no seu conhecimento teológico, ele humildemente dizia o que queria através de simples histórias. Falava de um modo que levava as pessoas a ouvirem, porque sabia o que as fazia querer escutar. Jesus foi um poderoso comunicador porque compreendia o que a psicologia está nos ensinando hoje: que baseamos a nossa vida mais no que acreditamos do que no que sabemos.
            Suas críticas mais severas eram dirigidas aos professores de religião, embora fosse um deles. Jesus não os censurava pelo conhecimento que possuíam, mas pela arrogância que demonstravam. Para ele era claro que quanto mais aprendemos, mais deveríamos perceber que existem muitas coisas que ainda não sabemos. A arrogância é sinal de insegurança. Jesus entendia que as idéias humanas nunca expressam totalmente a realidade, e seu estilo de ensinar sempre levou este fato em consideração. Acredito que se desejarmos ser comunicadores mais eficazes precisamos aprender o que Jesus sabia a respeito da relação entre o conhecimento e a humildade. Os grandes pensadores são sempre humildes. Eles compreendem que a vida está mais ligada à fé do que ao conhecimento.

TEXTO RETIRADO DO LIVRO JESUS O MAIOR PSICÓLOGO QUE JÁ EXISTIU  DO AUTOR MARK W. BAKER

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Eu e a vida



Não foi a toa que coloquei o nome no blog de "Eu e a vida", essa música marcou muito várias situações e aprendi que as vezes exigimos que a vida seja como gostaríamos que fosse.


Como está a sua vida? Bem... a minha está engatinhando.. como um bebê... mas no fim, quando eu crescer eu quero mesmo é ser criança... manter a pureza da alma para as coisas simples da vida.... deixo umas frases para você.. e sua vida...


Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
Clarice Lispector
Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
Clarice Lispector
Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.
Clarice Lispector
Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.
Clarice Lispector
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.
Clarice Lispector

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Faça as pazes com a imperfeição




Ainda estou por encontrar o perfeccionista absoluto cuja vida seja plena de paz interior. A busca pela perfeição e o desejo da tranqüilidade interior são conflitantes. Sempre que estamos ligados à realização de alguma coisa de uma determinada maneira, melhor do que a que temos no presente, estamos, por definição, engajados numa batalha perdida. Em vez de estarmos felizes e gratos pelo que já alcançamos, nos fixamos no que esta coisa tem de errado e em nosso desejo de reparar este erro. Quando atingimos o ponto zero do erro, ficamos insatisfeitos e descontentes.
                Quer tenha relação conosco – um armário desorganizado, um arranhão no carro, uma tarefa malfeita, uns quilos a mais que deveríamos perder – ou com as imperfeições dos outros – a aparência de alguém, o modo como se comporta, como vive sua vida – a própria ênfase na imperfeição impede que atinjamos nosso objetivo de simpatia ou gentileza. Esta estratégia não quer dizer que devamos parar de fazer o melhor que podemos, e sim que não devemos nos concentrar excessivamente no lado errado da vida. A estratégia apenas nos ensina que, embora haja sempre uma maneira melhor de se fazer alguma coisa, isso não deve nos impedir de apreciar a maneira como as coisas são, no momento.
                A solução é se por de sobreaviso em relação ao hábito de insistir para que as coisas sejam diferentes do que são. Tente se lembrar, com tranqüilidade que a vida está bem como está, agora. Na ausência do seu julgamento perfeccionista, tudo parecerá bem. À medida que você eliminar sua obsessão pela perfeição em todas as áreas de sua vida, você começará a descobrir a perfeição na própria vida.




 TEXTO DE RICHARD CARLSON, PH.D.






terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Amor de Verdade...



Para aqueles que procuram um amor de verdade, vale a pena aprender com o Filme "Cartas para Julieta" e descobrir que "amar é mudar a alma de casa"...  Deixe uma carta escrita pela personagem Sophie no filme...



 "E" e "se" são palavras que por si, não apresentam nenhuma ameaça. Mas, se colocadas juntas, lado a lado, elas têm o poder de nos assombrar a vida toda. E se? E Se? E SE?
   Eu não sei como sua história terminou, mas se o que você sentia naquela época era amor verdadeiro, então nunca é tarde demais.
   Se era verdadeiro, então, por que não seria agora? Você só precisa de coragem para seguir seu coração.
   É difícil imaginar um amor como o de Julieta. Um amor que nos faça abandonar entes queridos, que nos faça cruzar oceanos. Mas eu gostaria de acreditar que se um dia eu sentisse esse amor, teria coragem de agarrá-lo.
E Claire, se não o fez naquela época, espero que faça um dia."
(Carta de Julieta -escrita por Sophie- para Claire)

Para quem tem interesse em assistir



segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Não faça tempestade em copo d'água




NÃO FAÇA TEMPESTADE EM COPO D’ÁGUA

                Muitas vezes nos desgastamos por coisas que, examinadas em detalhe, não merecem  tanta atenção. Nós nos detemos em pequenos problemas e questões e os superdimensionados. Um estranho, por exemplo pode nos dar uma fechada no trânsito. Em vez de esquecê-lo, e continuarmos em frente, tocando o dia, nos convencemos de que este motivo é mais do que suficiente para nossa raiva. Nós imaginamos o confronto em nossas mentes. Muitos de nós, inclusive, podem vir a narrar para outras pessoas o incidente, em vez de simplesmente esquecê-lo.
                Por que não deixar, simplesmente, que o mau motorista tenha seu acidente alhures? Tente sentir compaixão por esta pessoa e pense como deve ser terrível ser obrigado a ter tanta pressa. Deste modo, podemos manter nosso próprio senso de bem-estar, sem incorporarmos o problema do outro.
                Há muitas outras “tempestades” como essa. Exemplos que ocorrem todos os dias, em nossas vidas. Quando temos que esperar numa fila, quando ouvimos críticas injustas, ou fazemos a aparte do leão de algum trabalho. Só temos a ganhar ao aprender a não nos deixarmos levar por esses pequenos aborrecimentos. Tantas pessoas perdem tanta energia de suas vidas “fazendo tempestades em copos d’água”, que  perdem contato com o lado mágico e belo da existência. Quando você se compromete a trabalhar com esse objetivo em mente percebe que sobra uma reserva muito maior de energia para ser dedicada à  simpatia e à gentileza.

Autor: Richard Carlson, Ph.D

Amor Perfeito





Estou precisando aprender muitas coisas como isso que deixei para todos, que vocês possam aprender comigo... 


Nunca entendi muito bem o que significa a expressão "feitos um para o outro''. Não sei, mas isso me passa a ideia de uma Barbie e um Ken, dois bonecos que não tem sentimentos, opções, escolhas. Foram feitos um para o outro, apenas isso. Eu não acredito que as pessoas foram feitas para alguém em específico e muito menos em pessoas que são perfeitas enquanto juntas. Há quem diga que devemos procurar pessoas iguais a nós, que tenham os mesmos gostos e desgostos. Se eu gosto de praia, verão e sol, devo procurar um surfista que fique o dia todo na praia passando parafina em sua prancha e que me faça sua musa do verão (Alou Felipe Dylon?). Se eu gosto de frio, sobretudos e botas devo procurar alguém que more no Sul e pedir em casamento quanto antes. Isso tá errado, não existe, não tem cabimento. Em minha vida sempre procurei pessoas que me façam sentir viva, e adivinhem só? Sempre fui em direção aos meus opostos, sempre. Nunca achei ninguém que fosse minha versão masculina e que gostasse das mesmas coisas que eu, o que convenhamos, seria um saco. Iríamos ficar o dia inteiro ouvindo One Republic e vendo seriados, e o que eu iria aprender? O que eu iria conhecer? O que eu acrescentaria em minha vida? Nada. Seríamos perfeitos um para o outro? Talvez. Mas não é isso que eu procuro. Não quero pessoas iguais a mim, já me aguento por tempo suficiente para saber que duas de mim acabariam com o mundo. Quero pessoas que me acrescentem algo, que me façam provar aquela comida que eu tenho tanto nojo mas que eu faria um esforço só pra ver ele feliz; quero pessoas que me levem para os lugares mais inusitados e que nunca imaginei conhecer; quero conhecer novas bandas e novas músicas, quero uma pessoa do meu lado que me faça gostar do jeito dela, que me mostre que meu jeito de ser não é o único e nem o certo. Quero um homem que me irrite com suas manias, que me provoque com nossas diferenças e que me faça aprender com seus erros. Viver ao lado de uma pessoa imperfeita seria perfeito. Não me importo de ceder um dia e mandar em outro, não me importa quem você é ou do que você gosta, desde que me faça sentir viva. Desde que me faça suspirar e ter vontade de gritar para o mundo o quanto me orgulho de você. Às vezes quem vai te fazer feliz é aquela pessoa que você menos espera, que mora a quilômetros de distância e que nem te conhece ainda. Você gosta de sol, ele gosta da lua. Ele adora acampar e você é adepta dos hotéis de luxo. Ele adora rock e você bossa nova. Nada parecidos e completamente enlouquecidos um pelo outro. A verdade é que você pode achar alguém que goste das mesmas coisas, odeie as mesmas coisas, tenha a mesma banda favorita e tenha os mesmos sonhos que os seus. Mas quer saber? Se não existir uma faísca.. O fogo pode nunca acender.


texto fornecido por Leticia Merendi via facebook.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Você é feliz?






Você é feliz?


Como você responde a essa pergunta? Provavelmente vai dizer: “um pouco”, “Mais ou menos”, “De vem em quando”, “Não sei”,  “Às vezes”, “Acho que sim”... Ou será que você vai levantar da cadeira num salto, entusiasmado, e afirmar com toda a convicção em tom eufórico e alto para todo mundo ouvir: “sim,sim! Eu sou feliz!”?.
                Lamentavelmente, a grande maioria das pessoas ficaria com a primeira opção ao dar a resposta. Porque, na verdade, poucos se sentem realmente felizes ou têm consciência da felicidade que possuem.
                As pessoas acham que a felicidade não é possível, e por isso sofrem muito. Por não acreditarem que  podem ser felizes, arrastam-se pela vida, sem viver tudo o que têm direito e negando-se a possibilidade de ter um relacionamento amoroso feliz, de ser profissionais realizados, de ter uma família harmoniosa, de gozar de boa saúde, de ser mental e espiritualmente mais equilibrados.
                Mas, por que as pessoas não se julgam felizes? O que as faz pensar que a felicidade não existe? Por que pensam que a felicidade, se existe não é para elas?
                Boa parte das respostas a essas perguntas tem a ver com o condicionamento a que fomos  e somos submetidos durante toda a vida: condicionamentos sociais, religiosos, financeiros, familiares, morais.
                Fomos e continuamos sendo limitados em nossa permissão para ser felizes. Aprendemos a não acreditar na felicidade a partir de situações que vão desde aquele simples “não” que recebemos de nossos pais quando éramos crianças e queríamos muito algo que acreditávamos nos faria felizes ate hoje em dia,, em que nossa situação financeira não nos permite, por exemplo adquirir um carro esporte ultimo modelo, ou aquela roupa da moda, uma vez que vivemos numa sociedade extremamente consumista, que alardeia aos quatro cantos que o importante é “ter”... E que, quanto mais você tem, mais importante você é e mais feliz se torna (lembra daquela frase: “O dinheiro não traz felicidade... Manda buscar.”?).
                Como se isso não bastasse, somos ainda estimulados a acreditar na infelicidade por meio de repetições constantes de frases de efeito do tipo “Desgraça pouca é bobagem”, “Não existe felicidade, apenas momentos felizes”, “Tristeza não tem fim... Felicidade, sim”.
                Mas, na verdade, não importam quais são os motivos que o levaram a crer na infelicidade. O que realmente tem importância é você saber que sempre é possível reverter essa situação e passar a acreditar na felicidade.
                “Você diz isso porque não tem os problemas que eu tenho”, você pode até estar pensando. Quanto a isso, quero lhe dizer que os obstáculos estão  aí para ser superados. E, quando você os superar, novos obstáculos surgirão. Afinal, eles fazem parte da vida; eles são a própria vida. superá-los é uma etapa do seu processo de tornar-se ainda mais feliz.
                Não existem impedimentos, se o que você deseja é ser feliz. Apenas aqueles em que você mesmo acredita. Portanto, está na hora de rever e mudar algumas de suas crenças quanto à felicidade.





"FELICIDADE É UMA BOLONA DE CHICLETE QUE ESTOURA SEM GRUDAR NA CARA"!




A ditadura do ciúme e a perda da admiração



Os Erros capitais de uma relação doente – Parte 1

A ditadura do ciúme e a perda da admiração

A ditadura do ciúme

M.S. é uma mulher de 30 anos, afetiva, perspicaz, sociável, culta, com bom nível de autocrítica. Tinha uma mente analítica e observadora. Namorava havia sete anos, sonhava em se casar, mas seu sonho foi atropelado por uma traição, seguida de abandono. O impacto foi enorme, inaceitável para ela.
                Arquivou uma janela killer Power, poderosa, que furtava sua tranqüilidade , no centro de sua memória, na MUC. Como seu Eu não atuou como autor de sua história, não confrontou nem re reciclou essa janela solitária doentia. Ela leu-a continuamente e o fenômeno RAM registrou-a outra vez, formando uma plataforma killer que  começou a contaminar toda a matriz central de sua personalidade.
                Pouco a pouco, deixou de ser uma mente analítica e se fechou em torno de si mesma; desenvolveu uma mente “casulo”. E, sem que percebesse, começou a ter pelo menos momentaneamente flashes de uma mente coitadista. Colocou-se como vitima de um crápula e não como protagonista de seu script.
                Seu Eu tentou agir, mas usou técnicas ineficientes, alias, que sempre foram usadas por mulheres e homens ao longo da historia: tentar esquecer, distrair-se, rejeitar, negar ou, o que é pior, odiar seu ex-parceiro. Não sabia que o ódio destrói não o outro,mas seu hospedeiro.
                O fenômeno RAM se “deleitava” com as técnicas erradas. Como ele registra tudo que tem alto volume de tensão de maneira privilegiada, foi arquivando raiva, autopunição, autodestruição, sentimento de inferioridade. E qual a conseqüência? Apesar de ter tido uma infância feliz, adoeceu.
                As janelas killer solitárias não são suficientes para adoecer uma pessoa, ainda mais analítica, mas uma plataforma é capaz de encarcerar a emoção. Cuidado! A teoria das janelas da memória aponta que em qualquer época podemos adoecer se nosso Eu for relapso. Pessoas saudáveis podem se destruir. M.S. comprometeu sua autocrítica e sua autoconfiança. Passou a diminuir-se e deprimir-se.

A MAIOR VINGANÇA É SER FELIZ
                O Eu de M.S. deveria ter virado a mesa em sua mente, ter protegido sua emoção e filtrado os estímulos estressantes. Deveria ter mandado seu namorado “passear”. Deveria ter gritado muitas vezes para si mesma: “Quem perdeu foi ele e não eu”.
                Como uma querida amiga minha, que é brilhante jornalista, gosta de dizer: “ A maior vingança contra quem nos machuca é ser feliz”. E sob o ângulo da teoria do Eu como autor de nossa história está corretíssimo esse pensamento. O Eu de M.S. deveria ter se posicionado diariamente: “Agora é que vu ser feliz, me soltar, investir em meus projetos de vida”. Deveria sair de seu “casulo” e procurar as fontes de aletria e auto-realização. É difícil? Sim, eu sei! Mas é possível, se não formos conformistas. E, além disso, não há outra alternativa. Jamais uma mulher deveria perder sua liberdade por causa de um homem. Sem liberdade, a mente humana não respira, o amor se asfixia, a autoestima falece.
                Quanto mais ela usava as técnicas ineficientes, mais seu “ex” era arquivado dentro dela como um monstro. Tornou-se inesquecível, “almoçava” com ela e destruía seu apetite, “dormia” com ela e estragava seu sono. Se um “ofensor” se torna inesquecível, tenha certeza, ele vira uma doença para a pessoa ofendida. Esse é um mecanismo psíquico universal que pode adoecer seres humanos do Ocidente ao Oriente. Quem bate esquece, no entanto, quem apanha dificilmente esquece. Alguém que te machucou se tornou inesquecível para você?
                Os meses se passaram e, aparentemente sua angustia quanto à traição ficou em segundo plano. As janelas killer foram deslocadas da área central. MUC, para a periferia, a ME. Mas não se apagaram. Um ano depois ela volta a namorar. Com o novo namoro deveria viver dias felizes, mas os fantasmas alojados em seu inconsciente voltaram a aparecer.
                Fo atual namorado era fiel, amável, gentil e se preocupava com ela, muito mais do que o anterior. Mesmo assim, ela projetava nele os traumas que vivenciou. Vivia apreensiva com a possibilidade de uma nova traição. A plataforma de janelas killer gerou a ditadura do ciúme e esta, por sua vez, levou à paranóia do controle.
                O ciúme é um fenômeno interno, e o controle obsessivo é sua manifestação externa. Não acreditava em seu parceiro porque não acreditava em si. Queria controlar seus passos porque o ciúme controlava sua alma. A ditadura do ciúme a fazia ser completamente insegura, pisando em ovos, e a ditadura do controle, por sua vez, a fazia impiedosa, algos, ferina. A generosa mulher tornou-se uma mulher autoritária.
                Esse erro capital, próprio das relações doentes, a transformou em policial, fazia inquéritos, queria saber aonde seu namorado ia, com quem andava, o que fazia e o que falava. Ela perdeu sua liberdade e tentou levá-lo a  perder a dele. O praser deu lugar a intermináveis explicações e constantes atritos.

TEXTO DO AUTOR AUGUSTO CURY
LIVRO: MULHERES INTELIGENTES, RELAÇÕES SAUDÁVEIS