quarta-feira, 4 de abril de 2012

Dedicatória...


Tenho que agradecer à minha mãe, por ter me presenteado
há alguns anos, com um livro de Augusto Cury com a seguinte dedicatória:

" Eu, Eliana, dedico este livro à você minha querida filha.

Desejo que você
Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força, os fortes, a inteligência.
Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina,
pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.
Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama."

Sei que minha mãe não vai ler essa postagem tão cedo,
está aprendendo agora a mexer em computador e internet. 
Mas na hora certa ela saberá que eu estou fazendo direitinho este dever de casa.

Mãe, 
quero que você saiba que hoje, depois de tantas histórias vividas, eu não tenho medo da vida. Não tenho nem um pouquinho. Aprendi a esperar passar todas as tempestades e aprendi a construir guarda-chuvas e albergues para me proteger. Com certeza, eu sei que existem acidentes em caminhos. como eu sei. Mas aprendi que são eles que nos fazem pensar. depois do dia 17 de maio, em que eu quase morri, eu percebi que Deus permitiu que isso acontecesse para que eu tivesse um tempo para parar e pensar o quanto eu preciso crescer. 
Hoje eu sou digna do pódio, pois eu aprendi com as minhas derrotas e continuo de pé. E, tenho certeza, mãe, que você sabe o quanto eu sonho. E o quanto eu dou valor aos meus sonhos. Aprendi em 2011 a sonhar com os pés no chão. A me amar de verdade e saber que eu, apenas eu, sou responsável pelas minhas alegrias e tristezas. 
Aprendi que Rubem Alves tem razão em tantas coisas quando ele diz que "Não basta o silêncio de fora. É preciso o silêncio de dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia"...
e hoje, eu ouço o que não ouvia. Eu ouço melhor meu coração. 
Tenho que te agradecer pelas alegrias de casa, mas principalmente, pelas dores que me causou. Muitas, sem querer, por sinal, mas que me ensinaram mais do que você imagina.
e foi por isso que eu escrevi minha última música: Passarinho.... pois aprendi, como diz a música, que "é assim que se faz... se aprende a voar.. partindo... É assim que se cresce, abre as asas e tropeça, sorrindo ... pra voar...".

Não sou carne, 
sou sonhos, sopros, criatividade, música, improviso,...
sou humana e vivo..
sinceramente... eu vivo..
obrigada por isso...

Isabella Lage

17 de maio de 2011. O dia do acidente? Não... foi o dia em que a Isabella nasceu de novo...

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