sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Vida Nova a todos nós!


Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos.
Miguel Unamuno
Esse foi o meu ano de sobrevivência. Foi a época que eu tive que aprender a suportar certas dores, a esperar uma melhora física muito grande. Literalmente precisei aprender a andar de novo.  Interiormente e fisicamente, andei novamente. Nesse ano que se inicia quero desejar que todos os desejos dos nossos corações sejam realizados de acordo com a Vontade de Deus. Pois quando Ele está no centro de tudo, tudo fica mais fácil. Ano que vem estaremos "Eu e a vida" novamente. Não apenas cresci, mas hoje me valorizo como pessoa e, principalmente como mulher. E isso tudo foi graças aos meus companheiros de choros, de jornadas e, principalmente de hospital (rsrrsr). Obrigada a:
  • Matheus Filipe ( violonista)
  • Victor Figueiredo ( baixista)
  • Lorena Amaral (cantora lindíssima)
  • Bruna Rosa (amiga de todas as horas)
  • Patrícia Fernandes ( que me escutou quando ninguém me escutava mais)
  • Nayara Reis (que sorriu das minhas doidices)
  • Paula Alonso (que me deixou pra cima sem perceber)
  • Daniel Monteiro (meu amado baterista e eterno conselheiro)
  • Lucas Sagaz (que me fez rir tanto ao invés de chorar)
  • Daniel Barbosa (que não se esquece de mim nunca)
  • André Ferreira (meu advogado preferido)
  • Filipe Ferreira (que sempre está sorrindo e cavalheiro comigo)
  • Ana Marina (que confia em mim demais)

Feliz Vida Nova a todos nós...

Todo o dia é ano novo.
Todo dia é ano novo
Entre a lua e as estrelas
num sorriso de criança
no canto dos passarinhos
num olhar, numa esperança...
Todo dia é ano novo
na harmonia das cores
na natureza esquecida
na fresca aragem da brisa
na própria essência da vida.
Todo dia é ano novo
no regato cristalino
pequeno servo do mar
nas ondas lavando as praias
na clara luz do luar...
Todo dia é ano novo
na escuridão do infinito
todo ponteado de estrelas
na amplidão do universo
no simples prazer de vê-las
nos segredos desta vida
no germinar da semente.
Todo dia é ano novo
nos movimentos da Terra
que gira incessantemente.
Todo dia é ano novo
no orvalho sobre a relva
na passarela que encanta
no cheiro que vem da terra
e no sol que se levanta.
Todo dia é ano novo
nas flores que desabrocham
perfumando a atmosfera
nas folhas novas que brotam
anunciando a primavera.
Você é capaz, é paz
É esperança
Todo dia é ano novo
no colorido mais bel
odos olhos dos filhos seus...
Você é paz, é amora alegria de Deus.
Não há vida sem volta
e não há volta sem vida
no ciclo da natureza
neste ir e vir constante
No broto que se renova
na vida que segue adiante
em quem semeia bondade
em quem ajuda o irmão
colhendo felicidade
cumprindo a sua missão.
Todo dia é ano novo...portanto...feliz ano novo todo dia!
desconhecido

domingo, 25 de dezembro de 2011

Homens Inteligentes


Para Homens Inteligentes


Homens inteligentes sabem que as mulheres são admiravelmente complexas, um mundo a ser explorado, um tesouro a ser descoberto. Elas são tão fascinantes que, o dia em que eles acharem que conhecem uma mente feminina, deveriam saber que erraram o diagnóstico.
Homens inteligentes têm consciência de que o mais calmo ser humano tem seus momentos de estresse, o mais ponderado tem reações incoerentes, o mais generoso tem seus momentos de egoísmo e, portanto, deveriam saber que quem não reconhece seus erros e pede desculpas, especialmente para a mulher que ama e para seus filhos jamais alcançará a maturidade psíquica nem construirá relações saudáveis.

Augusto Cury


Muito cedo para decidir
Rubem Alves

Gandhi se casou menino. Foi casado menino. O contrato, foram os grandes que assinaram. Os dois nem sabiam direito o que estava acontecendo, ainda não haviam completado 10 anos de idade, estavam interessados em brincar. Ninguém era culpado: todo mundo estava sendo levado de roldão pelas engrenagens dessa máquina chamada sociedade, que tudo ignora sobre a felicidade e vai moendo as pessoas nos seus dentes. Os dois passaram o resto da vida se arrastando, pesos enormes, cada um fazendo a infelicidade do outro.

Vocês dirão que felizmente esse costume nunca existiu entre nós: obrigar crianças que nada sabem a entrar por caminhos nos quais terão de andar pelo resto da vida é coisa muito cruel e... burra! Além disso já existe entre nós remédio para casamento que não dá certo.

Antigamente, quando se queria dizer que uma decisão não era grave e podia ser desfeita, dizia-se: "isso não é casamento!". Naquele tempo, sim, casamento era decisão irremediável, para sempre, até que a morte os separasse, eterna comunhão de bens e comunhão de males. Mas agora os casamentos fazem-se e desfazem-se até mesmo contra a vontade do Papa, e os dois ficam livres para começar tudo de novo...

Pois dentro de poucos dias vai acontecer com nossos adolescentes coisa igual ou pior do que aconteceu com o Gandhi e a mulher dele, e ninguém se horroriza, ninguém grita, os pais até ajudam, concordam, empurram, fazem pressão, o filho não quer tomar a decisão, refuga, está com medo. "Tomar uma decisão para o resto da minha vida, meu pai! Não posso agora!" e o pai e a mãe perdem o sono, pensando que há algo errado com o menino ou a menina, e invocam o auxílio de psicólogos para ajudar...

Está chegando para muitos o momento terrível do vestibular, quando vão ser obrigados por uma máquina, do mesmo jeito como o foram Gandhi e Casturbai (era esse o nome da menina), a escrever num espaço em branco o nome da profissão que vão ter.

Do mesmo jeito não: a situação é muito mais grave. Porque casar e descasar são coisas que se resolvem rápido. Às vezes, antes de se descasar de uma ou de um, a pessoa já está com uma outra ou um outro. Mas, com a profissão não tem jeito de fazer assim. Pra casar, basta amar.

Mas na profissão, além de amar tem de saber. E o saber leva tempo pra crescer.

A dor que os adolescentes enfrentam agora é que, na verdade, eles não têm condições de saber o que é que eles amam. Mas a máquina os obriga a tomar uma decisão para o resto da vida, mesmo sem saber.

Saber que a gente gosta disso e gosta daquilo é fácil. O difícil é saber qual, dentre todas, é aquela de que a gente gosta supremamente. Pois, por causa dela, todas as outras terão de ser abandonadas. A isso que se dá o nome de "vocação"; que vem do latim, vocare, que quer dizer "chamar". É um chamado, que vem de dentro da gente, o sentimento de que existe alguma coisa bela, bonita e verdadeira à qual a gente deseja entregar a vida.

Entregar-se a uma profissão é igual a entrar para uma ordem religiosa. Os religiosos, por amor a Deus, fazem votos de castidade, pobreza e obediência. Pois, no momento em que você escrever a palavra fatídica no espaço em branco, você estará fazendo também os seus votos de dedicação total á sua ordem. Cada profissão é uma ordem religiosa, com seus papas, bispos, catecismos, pecados e inquisições.

Se você disser que a decisão não é tão séria assim , que o que está em jogo é só o aprendizado de um ofício para se ganhar a vida e, possivelmente, ficar rico, eu posso até dizer: "Tudo bem! Só que fico com dó de você! Pois não existe coisa mais chata que trabalhar só para ganhar dinheiro."

É o mesmo que dizer que, no casamento, amar não importa. Que o que importa é se o marido — ou a mulher — é rico. Imagine-se agora, nessa situação: você é casado ou casada, não gosta do marido ou da mulher, mas é obrigado a, diariamente, fazer carinho, agradar e fazer amor. Pode existir coisa mais terrível que isso? Pois é a isso que está obrigada uma pessoa, casada com uma profissão sem gostar dela. A situação é mais terrível que no casamento, pois no casamento sempre existe o recurso de umas infidelidades marginais. Mas o profissional, pobrezinho, gozará do seu direito de infidelidade com que outra profissão?

Não fique muito feliz se o seu filho já tem idéias claras sobre o assunto. Isso não é sinal de superioridade. Significa, apenas, que na mesa dele há um prato só. Se ele só tem nabos cozidos para comer, é claro que a decisão já está feita: comerá nabos cozidos e engordará com eles. A dor e a indecisão vêm quando há muitos pratos sobre a mesa e só se pode escolher um.

Um conselho aos pais e aos adolescentes: não levem muito a sério esse ato de colocar a profissão naquele lugar terrível. Aceitem que é muito cedo para uma decisão tão grave. Considerem que é possível que vocês, daqui a um ou dois anos, mudem de idéia. Eu mudei de idéia várias vezes, o que me fez muito bem. Se for necessário, comecem de novo. Não há pressa. Que diferença faz receber o diploma um ano antes ou um ano depois?

Em tudo isso o que causa a maior ansiedade não é nada sério: é aquela sensação boba que domina pais e filhos de que a vida é uma corrida e que é preciso sair correndo na frente para ganhar. Dá uma aflição danada ver os outros começando a corrida, enquanto a gente fica para trás.

Mas a vida não é uma corrida em linha reta. Quando se começa a correr na direção errada, quanto mais rápido for o corredor, mais longe ele ficará do ponto de chegada. Lembrem-se daquele maravilhoso aforismo de T. S. Eliot: "Num país de fugitivos os que andam na direção contrária parecem estar fugindo."

Assim, Raquel, não se aflija. A vida é uma ciranda com muitos começos.

Coloque lá a profissão que você julgar a mais de acordo com o seu coração, sabendo que nada é definitivo. Nem o casamento. Nem a profissão. E nem a própria vida...
O escritor  responde a uma estudante angustiada e dá aos pais motivos para meditarem sobre a escolha da profissão.

O texto acima foi extraído do livro "Estórias de quem gosta de ensinar — O fim dos Vestibulares", editora Ars Poetica — São Paulo, 1995, pág. 31.
Rubem Alvestudo sobre o autor e sua obra em "Biografias".

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Cemitério




"Somente onde há sepulturas há também ressurreições"

(Nietzsche)


Minha alma é um bolso onde guardo minhas memórias vivas. Memórias vivas são aquelas que continuam presentes no corpo. Uma vez lembradas, o corpo ri, chora, comove-se, dança... "O que a memória amou fica eterno", disse a Adélia Prado. Mas há um outro tipo de memória que não foi eternizado pelo amor. Essas memórias não moram na alma. Moram nos arquivos da razão. São informações verdadeiras e inertes. Inertes são as memórias que a razão sabe mas o corpo não ama. É o caso daquilo que comumente se chama de "curriculum vitae". Um curriculum vitae é uma lista de informações inertes. Importantes do ponto de vista institucional, frequentemente exigidas, como comprovação de competência. Mas sua lembrança não me comove. Assim, acho que não merecem ser chamadas de "curriculum vitae". A vida não é uma lista de informações. Prefiro chamar esta lista de "curriculum mortis" - nada mórbido, apenas cômico. Meu currículum vitae verdadeiro você encontrará nas minhas conversas, crônicas, pensamentos, cartas, concertos de poesia. Mas para atender à curiosidade de alguns e às exigências de outros, vai um mini-curriculo. O completo é muito comprido.

Rubem Alves


O meu currículo também é muito comprido. Mas acho que é formado pelas coisas que amo. É assim:
Meu nome é Isabella de Sousa Lage, 26 anos.
Técnica em Informática gerencial, cursada em Musicoterapia, Piano Popular e Licenciatura em Educação Musical escolar. 
Antes disso tudo cursei História.
Mas preferi cursar a minha história no fim das contas
Meu verdadeiro currículo é que amo cantar, odeio dançar, gosto de fazer graça, mas sou tímida. sou aberta pra muitas coisas na vida, mas fechada em meu mundo por várias vezes.
sonho alto e vivo muito. Me importa a felicidade e não o dinheiro, e, como vocês ja sabem acredito que a felicidade são feitas de momentos.
Amo compor, motivo pelo qual tenho 250 músicas. Amo viver e morro pra que isso aconteça, se é que me entende.
Amo escrever, tenho histórias, pensamentos, poesias e até um blog.
Mas, meu interesse nesse cemitério vivo é dizer a vocês meus amigos, que nesse Natal, aprendam com o que passou e aprendam a viver mais intensamente.
como diz meu cantor predileto Jorge Vercilo, "O eterno aprendizado é o próprio fim". O Natal não é amanha, mas sempre. Jesus precisa nascer todos os dias nas nossas vidas, pois como diz a Bíblia, suas misericórdias se renovam a cada manhã e são a causa de não sermos consumidos. 
Vamos viver mais uma vez nesse Natal e no ano que se inicia. Sem promessas, apenas com sonhos. Não vamos prometer o que nao vamos cumprir durante o ano. Vamos sonhar e trabalhar para que isso aconteça. Aprendi bastante esse ano e quero aprender mais. As coisas acontecem para o nosso crescimento, alguns me acham criança, vivem dizendo isso pra mim, ou melhor, escrevendo, criando intrigas, mas sabe de uma coisa? 
A minha resposta é que quando eu crescer o que eu quero mesmo é ser criança.
Feliz Natal!!

Isabella Lage

Uma música que cuidou de mim esse Ano foi o maravilhoso músico Ivan Lins... aprendam também

A Gente Merece Ser Feliz

Ivan Lins

Tudo que eu fiz
Foi ouvir o que o meu peito diz:
"Que apesar de toda magoa
Vale a pena toda luta
Para ser feliz"
Tudo que eu fiz foi seguir a mesma diretriz
Confiando e acreditando
Que na vida todo mundo pode ser feliz
É preciso crer no coração
Porque se não
Não tem razão de se viver
E eu quero ver
Nascer um tempo bom
Meu peito diz:
"Coracao da gente é igual pais"
Não deu certo uma mudanca, você muda de esperança
Porque a gente merece ser feliz (4x)
Tudo que eu fiz
Foi ouvir o que o meu peito diz:
"Que apesar de toda magoa
Vale a pena toda luta
Para ser feliz"
Tudo que eu fiz foi seguir a mesma diretriz
Confiando e acreditando
Que na vida todo mundo pode ser feliz
É preciso crer no coração
Porque se não
Não tem razão de se viver
E eu quero ver
Nascer um tempo bom
Meu peito diz:
"Coracao da gente é igual pais"
Não deu certo uma mudanca, você muda de esperança
Porque a gente merece ser feliz (4x)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sobre Família...

Para todos os pais e mães, com muito carinho... um texto lindo do nosso querido Rubem Alves

" 
Faz uns meses acompanhei o que acontecia com um casal de corruíras e seus filhotes. Haviam feito um ninho no meu jardim. Os filhotes já sabiam voar. Menos um. Tentou o vôo. Fracassou. Caiu no chão. Pai e mãe, o pai num galho de árvore, a mãe no ninho, piavam. Acho que eles estavam dizendo: "Vamos! Tente de novo! Você pode!" O filhote tentou de novo. Bateu suas asas. Voou até o galho onde se encontrava o pai. Do galho, voou para o ninho, onde estava a mãe. No dia seguinte fui visitar a família. Olhei cuidadosamente dentro do ninho. Estava vazio. A família tinha partido. Acho que, para o casal de corruíras, a cena mais querida era precisamente aquela: o ninho vazio. Os filhotes não mais dependiam deles. Podiam voar, voar, por conta própria. 
Gibran Khalil Gibran, no seu livro, O Profeta, tem um lindo texto sobre os filhos que se tornou clássico. Nele ele diz algo mais ou menos assim: "Vossos filhos não são vossos. São flechas. Vós sois o arco que dispara as flechas". Bonito mas errado. Nossos filhos não são flechas. Porque flechas, ainda que disparadas, vão na direção que o arco indicou. Mas os nossos filhos não vão na direção que escolhemos. O certo seria:"Vossos filhos são flechas que, uma vez disparadas, se transformam em pássaros. Voam para onde querem".
Somos diferentes das corruíras. Ficamos no ninho e queremos que os filhos voltem. Você é ninho. Deseja que os filhos voltem, agradecidos. Mas os seus filhos estão descobrindo as delícias do vôo. O livro de Eclesiastes, sagrado, diz que "para tudo existe um tempo certo. Há tempo de abraçar, há tempo de deixar de abraçar". Você está vivendo o tempo de abraçar. Seus filhos estão vivendo o tempo de deixar de abraçar. 
A exigência de amor obrigatório são gaiolas. Pássaros fogem de gaiolas. Só amam as gaiolas pássaros que não sabem voar. Se formos apenas ninhos, sem gaiolas, eles voltarão. Não agora. Pois agora é o tempo da descoberta da liberdade. Pássaro que descobriu a liberdade não pensa nem no papai nem na mamãe. É preciso deixar ir para que eles queiram voltar. Voltarão, quando tiverem saudade. Acredite em mim. Não falo teoria. Falo experiência própria... Aprenda a ser você sem mendigar gratidão dos filhos. Aprenda a voar sozinha. São belas as aves que voam sozinhas."
Bem-aventuradas são as mães que vivem e ensinam aos seus filhos e filhas o amor que serve como fundamento, força e segurança para alçar o vôo em direção à independência e auto-afirmação. Bem-aventuradas são as mães que vivem do amor que é graça, isto é, que não exige retribuição.  Pois mães que vivem do amor que é graça, não vivem de presentes que se resumem a um dia especial. Mães que vivem do amor que é graça, sabem que o maior presente que podem receber de seus filhos e filhas é saber que estão caminhando na retidão e nas bem-aventuranças de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Ó Deus, faze-nos viver do amor que vem de tuas mãos. Amor que não espera dia especial nem ocasião específica, mas que alimenta e fortalece para que a vida seja uma bem-aventurança."