quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Se...
E se descobríssemos que a felicidade não se procura, não se faz nem acontece...
são momentos em que o coração perde o pulso, descompassa, deixa de ser carne pra virar sentimento.
E se soubéssemos que tudo o que precisamos é de nada. Absolutamente nada.
Se desconfiássemos por alguns instantes que a tristeza, assim como a chuva, também passa, apesar de deixar as vezes alguns buracos pelo chão. Estes, mesmo tapados ainda serão
buracos.
Se percebéssemos que o sofrer e aquela dorzinha da alma fazem, na verdade, com que as lágrimas escorram como enchentes deixando alguns buracos no coração. E que esses buracos fazem parte do aprendizado e fazem parte do ser. Somos uma casa velha com histórias, e precisamos das cicatrizes pra poder contar um dia para alguém especial.
Ah... se ao menos pensássemos nos detalhes das pequenas coisas que fazem parte da vida, entenderíamos o abstrato como o concreto da alegria.
Se parássemos de tentar definir, conceituar e violentar, aprenderíamos que as palavras valem pouco, doem muito e de nada servem se não fizer parte da essência do ser.
Se de tudo um pouco soubéssemos..
Se de pouco tudo provássemos...
o vazio que sinto agora estaria cheio de nada. Porque se aprende vivendo. Se vive sonhando. Se cresce nos erros, experimentando.
Se sente no vento traiçoeiro das emoções. E se ama com o conjunto do corpo perfeito defeituoso, abrigo dos sentimentos e sentidos do ser. Do aroma eurudito na casa velha da nossa alma.
Se soubéssemos disso tudo antes não poderiamos ser. E eu sou.
Isabella Lage
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